Tudo o que acontece à nossa volta é provocado pela energia; nada acontece sem energia e sem energia não seria possível existir vida!

A energia não se toca nem se vê; não é algo material como um objecto; não é uma força, nem um combustível, nem um alimento, mas é algo que a eles está associado.

São várias as fontes de energia a que podemos recorrer, ou seja, são vários os recursos que podemos utilizar para gerar energia: sol, vento, mar, átomo, biomassa, combustíveis fósseis...

Transformamos estes recursos de maneira a podermos utilizar os seus benefícios da forma que nos é mais conveniente: calor, luz, movimento...

A energia manifesta-se de diferentes formas, sendo detectada pelos efeitos que provoca nos corpos. Por exemplo:

• A energia luminosa do Sol é responsável pelo fenómeno da fotossíntese.
• A energia produzida pela combustão do gás permite aquecer a água e cozinhar os alimentos.
• A energia fornecida pela gasolina faz mover os automóveis.
• A energia do movimento da água pode gerar electricidade.
• A energia do vento é capaz de fazer movimentar um barco à vela.
• A electricidade permite gerar luz, calor e movimento.

Há mais de 10 mil anos que os nossos antepassados inventaram o fogo.

Antigamente, o Homem utilizava a sua própria energia a dos animais e a do fogo para realizar as tarefas do seu dia-a-dia. Mais tarde aprendeu a tirar partido de outras fontes de energia, tais como: do vento, da água e do sol. Com o decorrer do tempo, conseguiram-se obter vários tipos de energia, como por exemplo a eléctrica.

Os aparelhos e máquinas que temos em nossas casas e que poupam o nosso esforço, funcionam graças à energia eléctrica. Esta forma de energia é produzida através de diversas fontes como por exemplo a força da água nas barragens ou a queima de petróleo.

A decomposição das plantas e dos animais, ao longo dos anos deu origem aos combustíveis fósseis: carvão, petróleo e gás natural, que o Homem utiliza como fontes de energia.

A indústria, os transportes e o consumo doméstico, utilizam principalmente as fontes de energia fóssil. O seu consumo é de tal forma elevado, que conduzirá ao seu esgotamento, se entretanto não forem criadas energias alternativas.

Porque estamos a consumir  a um ritmo acelerado fontes de energia que necessitam de milhões de anos para se voltarem a formar, elas são consideradas como não renováveis.

Uma vez que a sociedade ainda depende muito das energias fósseis, é fundamental utilizá-las de forma racional, não as desperdiçando, não só porque podem acabar, mas também pelo facto de serem bastante poluidoras.

A energia nuclear, algumas vezes considerada como uma alternativa à utilização de energias fósseis pois não emite gases poluentes para a atmosfera, é também produzida a partir de um recurso não renovável (urânio), para além constituir um fonte de poluição radioactiva com efeitos perversos e incalculáveis.

Quanto às energias do vento ou do sol, estas não se esgotam, por muito que sejam utilizadas. Chamam-se por isso energias renováveis. Ao contrário das energias fósseis, não estão sempre disponíveis, mas possuem em contrapartida a vantagem de não poluir o ar.

Outras fontes de energia renovável são as energias que se podem retirar da biomassa (calor, biogás),  o aproveitamento do calor do interior da terra (energia geotérmica), ou a transformação da força das ondas e das marés.

Nos nossos dias, o Homem utiliza uma parcela muito reduzida de energias renováveis pois apostou durante a industrialização, primeiro no carvão, e depois no petróleo, como fontes de energia. No entanto, parece não existirem dúvidas, acerca da necessidade cada vez maior, de utilizar as energias renováveis, a par da racionalização do consumo dos combustíveis fósseis. Só desta forma é possível diminuir a poluição crescente e retardar o seu esgotamento.

Historicamente, as fontes de energia usadas desde a pré-história são a madeira, o carvão, os ventos e a água. No final do século XIX começou a usar-se a energia proveniente do petróleo, que ainda hoje é a mais usada em todo o Mundo, e em Portugal. No entanto, Portugal não tem reservas de petróleo, gás ou carvão; por isso importa mais de 80% da energia que consome.

Embora as energias renováveis como a eólica ou o biogás, possam substituir praticamente todos os derivados do petróleo, tendo ainda a vantagem de não se esgotarem, não precisarem de ser importadas e serem menos poluentes, a verdade é que estas energias desempenham ainda um papel muito reduzido no abastecimento energético nacional.

A energia hídrica, é a renovável mais utilizada, sendo produzida a partir de barragens cerca de 18% da energia eléctrica nacional.

A energia da biomassa, eólica, solar e do mar, são algumas das possibilidades a que Portugal pode recorrer para substituir o petróleo, uma vez que possui no seu território grandes quantidades destes recursos.

O processo que cria o efeito de estufa é natural e fundamental à vida na Terra.

Se não existisse efeito de estufa, a temperatura da superfície terrestre seria, em média, cerca de 34ºC mais fria do que é hoje.

Este fenómeno resulta do efeito de certos gases, como o dióxido de carbono, que criam uma espécie de telhado, como o de uma estufa, sobre a Terra - daí o nome do fenómeno.

Para entendermos melhor este efeito, imaginemos uma estufa: o vidro deixa entrar a luz do sol, mas evita que o calor saia “prendendo-o” dentro da estufa.

A atmosfera funciona da mesma maneira impe-dindo que uma parte do calor se disperse no espaço – o que é bom para nós.

Se não existisse efeito de estufa, sempre que o Sol se põe,o frio seria insuportável – a temperatura desceria em média para os 18 graus negativos em todo o planeta.

Para além do vapor de água, existe também um conjunto de outros gases dos quais o mais abundante é o dióxido de carbono, que absorvem a radiação e são responsáveis pelo aquecimento do planeta.

O clima na Terra tem-se modificado ao longo de milhões de anos. Há muitos e muitos anos, na chamada Idade do Gelo a Terra tinha temperaturas muito baixas.

É normal que o clima mude ao longo de milhões de anos. O que se passa hoje é que essas mudanças estão a ocorrer de forma muito rápida, o que diminui a possibilidade de adaptação. E isso pode ser um problema…!

O fenómeno conhecido como “efeito de estufa” é o principal responsável pelas alterações no clima que se têm feito sentir nos últimos séculos, habitualmente designado como aquecimento global.

O que se passa é que o calor que fica retido na atmosfera da Terra, tem sido cada vez maior, porque o aumento dos gases como o dióxido de carbono ou o metano funciona como se a “estufa tivesse cada vez mais vidros”. O resultado é o aquecimento do planeta.

Estes gases ficam durante muitos anos em torno da Terra e são difíceis de destruir.

Existem no entanto processos naturais, como a fotossíntese, que ajudam a transformar alguns deles .

Esta é mais uma boa razão para preservarmos a floresta e os espaços verdes, para que o ar que respiramos possa ser de qualidade.

A queima de combustíveis é uma das actividades responsáveis pelo aumento do efeito de estufa.

Os gases com efeito de estufa (GEE) resultam de diversas actividades humanas, como por exemplo a desflorestação e a queima de combustíveis fósseis.

A acumulação destes gases com efeito de estufa na atmosfera da Terra, tem vindo a ser cada vez maior a partir da Revolução Industrial, dado que esta acelerou o uso de combustíveis fósseis como principal fonte de energia. Primeiro o carvão, e depois o petróleo e o gás natural, passaram a ser as energias cada vez mais utilizadas pela indústria, pelos transportes e pela produção de electricidade.

O crescimento da população e consequentemente das cidades nos últimos 200 anos obrigaram à produção de mais energia e à consequente emissão de mais gases com efeito de estufa.

Depois de serem lançados para a atmosfera, estes gases continuam na atmosfera durante mais de 50 anos, existindo mesmo alguns que ficaram durante séculos.

Uma das consequências tem sido o aumento da temperatura no planeta.

Os fogos florestais provocam o aumento do efeito de estufa.

O aumento descontrolado das emissões de GEE pode provocar grandes alterações no clima, nomeadamente na distribuição e valores da temperatura, e das chuvas. As consequências, algumas já bem visíveis, ocorrem a diversos níveis:

• Alterações do ciclo hidrológico e dos padrões normais de precipitação (chuvas), com consequentes cheias e secas.
• Degelo dos glaciares e aumento do nível do mar, com a probabilidade de submersão de zonas baixas, aumento da erosão costeira e de marés de tempestade e cheia.
• Maior ocorrência de situações climáticas extremas como secas, inundações, furacões e tempestades, vagas de frio ou de calor (com predominância destas últimas).
• Impacto na biodiversidade: para além das migrações, algumas plantas e animais deverão desaparecer e extinguir-se, causando a morte dos animais que se alimentam delas.
• Poderá tornar-se impossível cultivar certos tipos de cereais e grãos, forçando também os agricultores a mudarem-se ou a alterar as suas culturas. Maior necessidade de água para as culturas de regadio e aumento do stress hídrico nas culturas de sequeiro.
• Aumento do risco de incêndio e de degradação do solo, devido às secas prolongadas e ondas de calor mais severas e duradouras.
• Aumento de doenças provocadas pelo calor.
• Aumento do consumo de energia, principalmente devido às necessidades de arrefecimento.

Estas são apenas algumas das consequências que resultarão das emissões excessivas de GEE. Assim, para que estas catástrofes não ocorram, é preciso controlar os GEE!

A nível internacional o Protocolo de Quioto, já assinado por mais de 141 países, entre os quais Portugal, prevê um esforço em todo o mundo, para reduzir a emissão de GEE para os níveis de 1990. A ideia é a de prevenir algumas das consequências mais graves das alterações climáticas.

Mas para isso, é necessária a colaboração de todos!

Desde que nos levantamos até que nos deitamos, estamos a consumir energia.

Quando tomamos um duche de água quente, estamos geralmente a consumir energia sob a forma de gás, que nos chega através de tubagens (gás natural) ou que vai acondicionada em garrafas (gás butano).

Quando ligamos a televisão, o computador ou uma lâmpada, estamos a usar energia – energia eléctrica. Ao ligarmos o interruptor podemos estar a usar a electricidade proveniente de uma central térmica, hidroeléctrica, solar ou mesmo eólica.

Quando andamos de automóvel ou de autocarro, estamos a usar energia resultante da queima da gasolina, gasóleo, ou GPL, produtos que provêm do petróleo.

Quando comemos, consumimos ainda a energia contida nos alimentos, que nos permite correr e pensar...

Também as escolas podem (e devem) usar a energia solar.

O funcionamento da escola obriga a um constante consumo de energia: a electricidade que faz funcionar os aparelhos e as lâmpadas, o gás que aquece a água e cozinha os alimentos, a gasolina ou o gasóleo dos veículos que transportam as pessoas e as mercadorias. Também a água que consumimos, os esgotos e os resíduos que produzimos, necessitam de energia para o seu tratamento.

Se pensarmos nos vários fluxos de energia de e para a escola, concluímos que esta contribui de várias formas para a emissão de GEE.